O dólar norte-americano continua perdendo terreno, o que não chega a ser surpreendente. Dados recentes mostram que as vendas no varejo nos EUA e o mercado de trabalho apresentam crescimento mais lento, enquanto a inflação permanece uma preocupação. Esse cenário torna mais complexa a tomada de decisões futuras pela Reserva Federal. Paralelamente, Raphael Bostic, membro do Fed, destacou duas conclusões importantes de sua recente visita ao sudeste do país: os consumidores estão cada vez mais apreensivos quanto ao futuro e os impactos das tarifas são mais concretos do que aparentam nos relatórios oficiais.

Durante conversas com banqueiros, educadores e empresários no norte do Alabama e do Mississippi, Raphael Bostic, presidente do Federal Reserve Bank de Atlanta, ouviu diversas percepções: desde o impacto das altas taxas de juros sobre empréstimos, que reduzem a rentabilidade das empresas e dificultam a compra de imóveis pelas famílias, até os desafios que os empregadores enfrentam na contratação e retenção de trabalhadores.
Essas conversas mostram um quadro complexo da economia regional, em que o crescimento constante é limitado por vários fatores que exigem análise cuidadosa e possíveis medidas estratégicas. Bostic destacou que o alto custo do capital pressiona fortemente os modelos de negócios, especialmente de pequenas e médias empresas, cuja flexibilidade é restrita. Isso leva ao adiamento de investimentos em novas tecnologias e expansão da produção, desacelerando o crescimento econômico. Ao mesmo tempo, as famílias encontram dificuldades para adquirir a casa própria, já que as altas taxas hipotecárias tornam a propriedade inviável para muitos. Outro desafio é a escassez de mão de obra qualificada. As empresas enfrentam obstáculos não apenas para encontrar candidatos adequados, mas também para reter os funcionários atuais em um mercado de trabalho competitivo, o que aumenta custos e pode afetar produtividade e qualidade dos produtos.
Ao final de sua visita de três dias, Bostic afirmou estar aberto a ajustes nas taxas de juros em um futuro próximo, mas alertou que os formuladores de políticas devem agir com cautela até que haja maior clareza sobre as perspectivas econômicas. "Hoje, penso que minha abordagem estratégica é agir e esperar", disse Bostic em entrevista. "A economia pode levar algum tempo para se recuperar após nosso movimento e começar a se desenvolver de forma que indique claramente qual deve ser o próximo passo."
Essa postura equilibrada reflete a complexidade do atual cenário macroeconômico, em que o equilíbrio entre estimular o crescimento e conter a inflação exige ajustes finos da política monetária. A declaração de Bostic reforça que a Reserva Federal não pretende agir de forma impulsiva, apesar dos desafios econômicos, preferindo coletar e analisar dados antes de definir o rumo futuro das taxas de juros.
Essa abordagem é guiada pela necessidade de considerar múltiplos fatores que afetam a economia. Além da inflação e do emprego, o Fed deve levar em conta os riscos globais, as tensões comerciais e as mudanças no comportamento dos consumidores. Nessas condições, alterações prematuras ou injustificadas nas taxas de juros poderiam gerar consequências indesejáveis tanto para o crescimento econômico quanto para a estabilidade financeira.
O presidente do Federal Reserve Bank de Atlanta afirmou ainda considerar provável um corte de juros neste ano, desde que o mercado de trabalho se mantenha firme. "Não estou preso a nenhum prazo específico", disse ele.
No cenário técnico atual para o EUR/USD, os compradores precisam assumir o controle do nível de 1,1730. Só então será possível mirar 1,1770. A partir daí, o par poderia alcançar 1,1790, embora isso seja difícil sem o apoio dos grandes participantes. O alvo mais distante permanece em 1,1825. Em caso de queda, espera-se atividade compradora significativa apenas próximo de 1,1695. Se não houver compradores nessa região, o mais prudente é aguardar a renovação da mínima em 1,1660 ou abrir posições longas a partir de 1,1635.
Cenário atual para o GBP/USD, os compradores da libra precisam superar a resistência mais próxima em 1,3555. Só então será possível mirar 1,3590, nível que será difícil de romper. O alvo mais distante situa-se em 1,3615. Em caso de queda, os vendedores tentarão retomar o controle de 1,3520. Se tiverem sucesso, a quebra dessa faixa representará um golpe significativo para as posições compradoras e poderá empurrar o GBP/USD para a mínima de 1,3480, com possibilidade de extensão em direção a 1,3445.