Para o GBP/USD, o padrão de ondas continua indicando a formação de um segmento de tendência ascendente (gráfico inferior), embora nas últimas semanas tenha assumido uma forma mais complexa e estendida (gráfico superior). O segmento de tendência iniciado em 1º de julho pode ser considerado a onda 4, ou qualquer onda corretiva de maior escala, já que exibe uma estrutura interna corretiva, e não impulsiva — o mesmo se aplica às suas subondas. Portanto, apesar da queda prolongada da moeda britânica, considero que a tendência ascendente permanece intacta.
A estrutura da onda descendente que começou em 17 de setembro tomou a forma de um padrão de cinco ondas a–b–c–d–e e pode estar concluída. Se esse realmente for o caso, o instrumento encontra-se agora no processo de formar um novo conjunto de ondas ascendentes.
Naturalmente, qualquer estrutura de ondas pode tornar-se mais complexa e alongada a qualquer momento. Mesmo a onda 4 presumida — que vem se formando há quase cinco meses — pode ainda evoluir para uma estrutura de cinco ondas, o que estenderia o período corretivo por mais alguns meses. No entanto, no momento atual, o mercado tem condições favoráveis para construir uma sequência de ondas de alta. Caso esse cenário se confirme, as duas primeiras ondas desse segmento já estão completas, e agora estamos acompanhando a formação da onda 3 ou c.
O GBP/USD permaneceu praticamente estagnado durante a primeira metade da sessão desta segunda-feira, mas a atividade pode aumentar durante a sessão americana, à medida que a demanda pelo dólar segue diminuindo. O par formou aquilo que, à primeira vista, parece uma estrutura corretiva bastante complexa, porém convincente — com pouco espaço para interpretações alternativas. Assim, no curto prazo, é razoável esperar a formação de uma nova sequência de ondas ascendentes. Ainda assim, é possível que a estrutura corretiva atual não esteja totalmente concluída e venha a se estender significativamente. Esse não é o cenário-base, mas também não pode ser descartado.
O dólar americano segue pressionado diante da próxima reunião do Federal Reserve. De acordo com a ferramenta CME FedWatch, os mercados atribuem 87% de probabilidade a um corte de juros em 10 de dezembro. Na prática, o noticiário para o dólar tem sido fraco, negativo ou claramente "bearish" nos últimos meses, mas o mercado optou por usar esse período não para aprofundar as vendas da moeda, e sim para uma correção complexa. Como resultado, a demanda pelo dólar frequentemente aumentou mesmo quando o cenário fundamental não justificava tal comportamento.
Se os indicadores do Reino Unido pararem de deteriorar-se mês após mês, isso dará suporte adicional aos compradores. Repito: na minha visão, o GBP/USD caiu excessivamente nos últimos meses. Espero uma recuperação, apoiada tanto pela análise de ondas quanto pelo contexto fundamental.
Conclusões gerais
O padrão de ondas do GBP/USD mudou. Continuamos lidando com um segmento de tendência impulsiva ascendente, mas sua estrutura interna tornou-se mais complexa. A estrutura corretiva descendente a–b–c–d–e dentro de c em 4 parece estar praticamente concluída. Se esse realmente for o caso, espero que o segmento principal da tendência seja retomado, com metas iniciais nas regiões de 1,38 e 1,40. No curto prazo, é possível esperar a formação da onda 3 ou c, com alvos próximos de 1,3280 e 1,3360, que correspondem aos níveis de Fibonacci de 76,4% e 61,8%. Esses seriam os alvos mínimos caso o mercado decida complexificar ainda mais a onda 4.
Em uma escala mais ampla, a estrutura de ondas parece quase ideal, apesar de a onda 4 ter ultrapassado o pico da onda 1. No entanto, vale lembrar que estruturas de ondas perfeitas existem apenas nos livros didáticos — na prática, tudo tende a ser muito mais complexo. Por ora, não vejo motivos para considerar cenários alternativos ao segmento de tendência de alta.
Princípios fundamentais da minha análise:
- As estruturas de ondas devem ser simples e claras. Estruturas complexas são difíceis de negociar e muitas vezes levam a mudanças.
- Se não houver confiança no que está acontecendo no mercado, é melhor não entrar nele.
- Nunca se pode ter 100% de certeza sobre a direção do mercado. Não se esqueça das ordens de Stop Loss de proteção.
- A análise de ondas pode ser combinada com outras formas de análise e estratégias de negociação.