O euro atualmente se encontra em uma posição bastante difícil, enfrentando desafios para um crescimento adicional. De acordo com uma pesquisa entre economistas, espera-se que o Banco Central Europeu (BCE) mantenha os custos de empréstimo na zona do euro em 2% até 2027.
A previsão inclui a manutenção da taxa de depósito na próxima reunião de política monetária, na semana que vem. No entanto, tal perspectiva está longe de ser certa: um terço dos entrevistados prevê pelo menos mais um corte na taxa, além dos oito já implementados, enquanto 17% esperam um ou mais aumentos de taxas até o final do próximo ano.
Essa divergência de opiniões entre os especialistas reflete a incerteza quanto às perspectivas econômicas da zona do euro. Por um lado, a inflação persistente e os riscos associados à instabilidade geopolítica podem exigir uma política monetária mais rigorosa. Por outro, o fraco crescimento econômico e os altos níveis de dívida em vários Estados-membros da UE podem demandar medidas adicionais de estímulo.
Nesse contexto, o Banco Central Europeu (BCE) enfrenta uma tarefa desafiadora: manter o equilíbrio entre o controle da inflação e o apoio ao crescimento econômico. O regulador tende a agir com cautela, monitorando de perto os indicadores macroeconômicos e reagindo aos desenvolvimentos conforme eles ocorram. Quaisquer surpresas nos índices de inflação, desemprego ou crescimento podem influenciar significativamente as decisões do BCE — e, consequentemente, a taxa de câmbio do euro.
Os dirigentes liderados pela presidente Christine Lagarde provavelmente não alterarão as taxas de juros no curto prazo, já que afirmaram estar satisfeitos com o ritmo de crescimento dos preços ao consumidor e com a resiliência da economia europeia. Representantes do BCE têm descrito recentemente sua política como bem ajustada para responder de forma flexível a novos desafios.
Como mencionado anteriormente, os riscos persistem, já que a Europa volta a se encontrar no centro das tensões comerciais renovadas entre os EUA e a China — desta vez, envolvendo semicondutores e metais de terras raras. Paralelamente, os rebaixamentos nas classificações de crédito complicam ainda mais os compromissos orçamentários da França, enquanto persistem dúvidas sobre a eficácia dos planos de investimento em infraestrutura e defesa em larga escala da Alemanha.
Os riscos de curto prazo para o crescimento econômico e para a inflação permanecem, em geral, equilibrados, embora a incerteza sobre o futuro continue elevada. Ainda assim, os entrevistados estão mais preocupados com riscos de alta do que com riscos deflacionários, já que os preços subiram 2,2% em setembro, o ritmo mais rápido em cinco meses.
Na próxima reunião do BCE, espera-se que Lagarde apresente sua visão sobre a conjuntura atual. Um pouco mais de 60% dos economistas acreditam que o crescimento está sendo limitado igualmente por fatores cíclicos e estruturais, enquanto a maioria dos demais atribui maior peso às fraquezas estruturais dentro do bloco.
A turbulência política é outro obstáculo. O presidente Emmanuel Macron se agarra ao poder após mais um colapso do governo francês, enquanto a opinião pública alemã voltou-se contra o chanceler Friedrich Merz.
Perspectiva técnica atual para o EUR/USD
Atualmente, os compradores precisam romper o nível de 1,1620, pois só assim eles poderão buscar um teste em 1,1650. A partir daí, o par poderia subir em direção a 1,1700, embora alcançar isso sem o apoio de grandes players seria bastante difícil. O alvo mais distante está em 1,1725. Em caso de queda, espero uma atividade significativa dos compradores apenas em torno de 1,1590. Se ninguém intervir nesse nível, será preferível aguardar a renovação da mínima em 1,1545 ou abrir posições de compras a partir de 1,1500.
Perspectiva técnica atual para o GBP/USD
Os compradores da libra precisam romper a resistência imediata em 1,3350. Somente então poderão mirar 1,3385, um nível que será bastante difícil de superar. O alvo mais distante está em torno de 1,3420. Em caso de queda, os ursos tentarão retomar o controle em 1,3315. Se forem bem-sucedidos, um rompimento abaixo dessa faixa representará um golpe sério para as posições de compras, podendo empurrar o GBP/USD para a mínima de 1,3280, com extensão possível até 1,3250.