O MSCI caiu 0,28%, para 933,15, pressionado pelo fortalecimento do dólar e por comentários do Federal Reserve. O presidente do Fed, Jerome Powell, disse que é muito cedo para discutir um corte nas taxas em setembro. O Dow Jones caiu 0,38%, o S&P 500 caiu 0,12%, enquanto o Nasdaq conseguiu um ganho de 0,15%. Os preços do cobre se enfraqueceram quando os EUA anunciaram possíveis novas tarifas. O Stoxx 600 subiu 0,3%, caminhando para um ganho mensal de 1,6% em julho.
Cautela diante do otimismo
O dólar norte-americano segue em trajetória de alta, enquanto os mercados globais reagiram com moderação ao resultado da reunião do Fed. Jerome Powell esfriou as expectativas dos investidores, ao afirmar que falar em corte de juros agora é prematuro, o que decepcionou o mercado, que esperava uma mudança mais branda na política monetária já neste outono.
Fed mantém juros estáveis, incerteza continua
Após dois dias de reuniões, o Federal Reserve manteve a taxa de juros inalterada. Apesar de sinais de desaceleração na economia, o banco central não deu nenhuma indicação clara sobre o momento de um possível afrouxamento monetário. Dois membros do comitê — nomeados pelo atual presidente — discordaram da decisão, defendendo a necessidade de cortes nas taxas.
Coletiva aumenta a tensão
Se ainda havia alguma esperança de mudança no cenário, a coletiva de imprensa de Powell eliminou qualquer otimismo. Ele reforçou que qualquer decisão sobre corte de juros será baseada em dados econômicos, especialmente com a próxima reunião marcada para setembro.
Queda no preço do cobre
Os mercados de commodities também sentiram o impacto do anúncio de novas tarifas comerciais por Washington, o que provocou uma forte queda nos preços do cobre.
Desempenho dos principais índices
- MSCI Global Index caiu 2,65 pontos (–0,28%), para 933,15;
- Dow Jones recuou 171,71 pontos (–0,38%), para 44.461,28;
- S&P 500 caiu 7,96 pontos (–0,12%), para 6.362,90;
- Nasdaq Composite subiu 31,38 pontos (+0,15%), para 21.129,67.
Dólar se fortalece ainda mais
Após os comentários de Powell, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda frente a uma cesta de divisas globais — subiu 1,01%, alcançando 99,89.
Moedas principais em queda
- Euro caiu 1,13%, para US$ 1,14;
- Libra esterlina recuou 0,78%, para US$ 1,32;
- Dólar canadense desvalorizou-se 0,52%, para US$ 1,38 por dólar americano.
Iene e franco suíço também enfraquecem
- Contra o iene japonês, o dólar subiu 0,67%, para 149,43;
- Frente ao franco suíço, o dólar valorizou-se em quase 1%, chegando a 81,14.
Juros dos títulos dos EUA sobem
Os rendimentos dos Treasuries continuam em alta, impulsionados pela incerteza criada pelos comentários de Powell, que evitou fornecer sinais claros sobre um corte de juros em setembro.
Petróleo avança
- Futuros do petróleo bruto nos EUA subiram 1,14% (alta de US$ 0,79), para US$ 70 por barril;
- Brent avançou 1,01% (ou US$ 0,73), para US$ 73,24.
Cobre sob pressão
O ex-presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva impondo tarifas de 50% sobre produtos específicos de cobre, com vigência a partir de 1º de agosto. O mercado reagiu de imediato: os futuros de cobre na Comex dos EUA despencaram 19,5%. O prêmio sobre o índice de referência de Londres também caiu, após semanas de alta em razão das expectativas de vantagens para fundições americanas.
Novas tarifas: Brasil e Índia no foco
Os EUA continuam endurecendo sua política comercial. Trump assinou uma ordem para impor tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil. Anteriormente, já havia anunciado tarifas de 25% sobre importações da Índia. Ambas as medidas entrarão em vigor em 1º de agosto. As decisões vieram logo após o fracasso nas negociações comerciais entre EUA e China, encerradas na terça-feira sem avanços concretos.
Ouro perde brilho
Após a decisão do Federal Reserve e os comentários subsequentes de Jerome Powell, os preços do ouro continuaram em queda. O metal precioso já vinha sendo pressionado por dados macroeconômicos fortes dos EUA. Como resultado, o ouro à vista recuou 1,58%, atingindo US$ 3.273,59 por onça troy.
Mercados europeus sobem levemente
Apesar de um cenário tenso no comércio internacional, os mercados acionários da Europa encerraram a quinta-feira em território positivo. Investidores reagiram a uma onda de boas notícias corporativas e acompanharam de perto uma série de medidas comerciais anunciadas de última hora.
Pela manhã (horário de Greenwich), o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,3%. Com base na dinâmica atual, o índice caminha para fechar julho com alta de 1,6%, sustentado por uma redução nas preocupações com o comércio global, dados macroeconômicos estáveis nos EUA e na Europa, e resultados corporativos geralmente sólidos.
Nova rodada de tarifas anunciadas
Na véspera do prazo de 1º de agosto, Donald Trump anunciou uma nova série de medidas comerciais. Elas incluem uma revisão nas tarifas sobre o cobre, restrições de importação de produtos da Coreia do Sul, Brasil e Índia, além do cancelamento de regimes preferenciais para remessas internacionais de pequeno volume.
Setor bancário da zona do euro em alta
Os bancos europeus seguem em trajetória de crescimento sólido. O índice do setor bancário da zona do euro avançou 1%, impulsionado principalmente pelo banco francês Societe Generale, que revisou para cima sua previsão de lucro anual. As ações da instituição saltaram 7%, colocando-a entre os destaques do dia.
Lucros mistos: de fortes ganhos a recuos
Os resultados financeiros dos bancos europeus vieram mistos. O britânico Standard Chartered reportou lucro antes de impostos acima das expectativas no primeiro semestre, o que animou os investidores. Por outro lado, o espanhol BBVA divulgou queda no lucro líquido do segundo trimestre, o que reduziu o entusiasmo em algumas áreas do mercado.
Shell agrada seus acionistas
A gigante do setor de petróleo e gás Shell agradou o mercado: o lucro trimestral superou as expectativas dos analistas e o programa de recompra de ações foi mantido. Como resultado, as ações da empresa subiram 2,9%. Os papéis da concorrente BP também registraram leve alta.
Gigante da cerveja decepciona
A principal fabricante de cervejas do mundo, Anheuser-Busch InBev, esteve no centro das atenções após divulgar vendas fracas. A empresa foi prejudicada pelo desempenho desfavorável nos mercados da China e do Brasil, onde o consumo recuou. O impacto foi uma queda de 10,2% nas ações, uma das maiores perdas do dia.
Fator tech: olhos voltados para Wall Street
Investidores estão atentos à divulgação dos próximos balanços das gigantes de tecnologia dos EUA. Microsoft e Meta já apresentaram resultados expressivos, que podem influenciar de forma significativa o pregão desta quinta-feira em Nova York. O foco agora se volta para Apple e Amazon, cujos relatórios são os próximos indicadores relevantes para o mercado.