O Bitcoin continua a ser negociado dentro do canal 116.500-120.000, mostrando uma sólida volatilidade. O Ethereum, no entanto, está tendo um desempenho de forma significativa pior após um recente declínio nos fluxos de entrada de ETFs à vista.
Enquanto isso, ontem o CEO da Tether, Paolo Ardoino, anunciou em entrevista que a emissora da stablecoin está avançando com confiança em direção à entrada no mercado dos Estados Unidos. A notícia surge menos de uma semana após o presidente Donald Trump sancionar a Lei GENIUS, que estabelece um marco regulatório para stablecoins no país. "Estamos avançando com êxito na implementação da nossa estratégia doméstica nos EUA", afirmou Ardoino.
Essa declaração representa, sem dúvida, um marco importante para a Tether, líder no mercado de stablecoins. Os esforços da empresa para consolidar presença nos Estados Unidos, mesmo diante de um ambiente regulatório rigoroso, refletem sua confiança em termos de resiliência operacional e conformidade legal. A Lei GENIUS, elaborada para fornecer regras claras sobre a emissão e circulação de stablecoins, representa ao mesmo tempo desafios e oportunidades para a Tether.
A entrada no mercado norte-americano exigirá da empresa investimentos significativos em conformidade regulatória, infraestrutura e relacionamento com autoridades. A Tether precisará comprovar a transparência de suas reservas, a confiabilidade de seus mecanismos de lastro e a adequação das proteções oferecidas aos consumidores. O sucesso nos EUA pode consolidar ainda mais a liderança da Tether e fortalecer a confiança no mercado de stablecoins como um todo. Ao mesmo tempo, a concorrência no setor cripto norte-americano está se intensificando, com players já consolidados e novas startups desenvolvendo suas próprias stablecoins em busca de participação de mercado. A Tether terá que demonstrar sua competitividade e oferecer vantagens claras aos usuários.
Em abril, Ardoino havia revelado que a empresa planejava lançar uma nova stablecoin nos EUA, voltada especificamente para clientes institucionais. Como mencionado anteriormente, a USDT da Tether é a maior stablecoin do mundo, com uma capitalização de mercado total de 162 bilhões de dólares. A nova moeda terá como foco instituições que buscam soluções de liquidação mais rápidas.
Vale destacar que a Tether tem sido alvo frequente de críticas pela ausência de uma auditoria independente completa das reservas que lastreiam sua stablecoin, publicando em seu lugar atestados trimestrais assinados pela BDO Italia. No mês passado, a empresa nomeou Simon McWilliams como novo diretor financeiro (CFO), encarregado de liderar os esforços para garantir uma auditoria completa. Ardoino também afirmou que obter uma auditoria de uma das "Big Four" — Deloitte, EY, PwC ou KPMG — é uma "prioridade máxima".
Recomendações de negociação:
Os compradores de BTC agora miram um retorno ao nível de 119.200 dólares, o que pode abrir caminho para 120.700 dólares e colocar o nível de 123.500 dólares no radar. O objetivo final de alta está próximo de 124.500 dólares; um rompimento acima dessa zona confirmaria o fortalecimento do mercado altista. No cenário de baixa, espera-se suporte em 117.600 dólares. Um recuo abaixo desse patamar pode levar o BTC rapidamente para a região de 116.300 dólares, com suporte mais profundo em 114.900 dólares.
No caso do Ethereum, um rompimento confirmado acima de 3.589 dólares abre espaço para 3.654 dólares. O objetivo final de alta está próximo da máxima de 3.729 dólares; um rompimento acima desse nível indicaria renovado interesse comprador. Em caso de queda, espera-se que os compradores atuem na região de 3.512 dólares. Um retorno abaixo desse nível pode acelerar as perdas em direção a 3.445 dólares, com o alvo mais baixo situado na área de 3.380 dólares.
O que vemos no gráfico:
- A linha vermelha representa as zonas de suporte e resistência, que devem retardar o movimento dos preços ou desencadear fortes reações de preços.
- A linha verde é a média móvel de 50 dias.
- A linha azul é a média móvel de 100 dias.
- A linha verde clara é a média móvel de 200 dias.
Os cruzamentos ou testes dessas médias móveis normalmente funcionam como um ponto de pausa ou um gatilho de impulso para o mercado.