As ações da Best Buy recuaram após a empresa revisar para baixo suas projeções de vendas e lucros para o ano. Em contraste, a Boeing registrou alta depois que seu CEO anunciou planos para aumentar a produção do modelo 737 MAX. Enquanto isso, o índice Nikkei do Japão teve desempenho inferior, pressionado pela valorização do iene diante da crescente demanda por ativos de refúgio.

Desempenho dos índices: o Dow Jones avançou 0,3%, o S&P 500 subiu 0,4% e o Nasdaq teve alta de 0,4%.

Wall Street avança: Nvidia dita o tom, mercados monitoram tarifas de Trump

Os índices de ações dos EUA avançaram nesta quinta-feira, impulsionados por uma forte alta nas ações da Nvidia após a divulgação de um sólido relatório trimestral de resultados. Nesse contexto, os investidores também digeriram uma decisão judicial surpreendente que restabeleceu tarifas-chave impostas pelo ex-presidente Donald Trump.

Reviravolta judicial e reação do mercado

Um tribunal de apelação anulou uma decisão recente de um tribunal comercial que suspenderia imediatamente as tarifas. A decisão provocou volatilidade ao longo de toda a sessão. Apesar da força inicial, os principais índices fecharam bem abaixo das máximas intradiárias.

Salesforce encerra em tom negativo

As ações da Salesforce, empresa de software corporativo, caíram 3,3%, mesmo após a companhia elevar suas projeções de receita e lucro. A queda sugere que as expectativas positivas já estavam precificadas ou que outros elementos do relatório soaram como sinais de alerta para os investidores.

Boom dos chips e o fator China

As ações da Nvidia subiram 3,2% após a empresa relatar forte demanda por seus chips de inteligência artificial, com compradores correndo para fazer pedidos antes da entrada em vigor de novas restrições de exportação para a China. No entanto, a Nvidia alertou que essas restrições podem resultar em uma queda de até US$ 8 bilhões nas vendas neste trimestre.

'Sete Magnificas' encerram temporada de resultados

Com os resultados da Nvidia, as chamadas "Sete Mafnificas" — as sete gigantes de tecnologia líderes do mercado — completaram a divulgação de seus lucros trimestrais. Apesar do tom amplamente positivo, as ações da Nvidia acumulam alta de apenas 3,6% no ano.

Índices registram ganhos enquanto Wall Street mantém otimismo cauteloso

Os índices de ações dos Estados Unidos encerraram a sessão desta quinta-feira em território positivo, continuando a demonstrar resiliência, apesar de sinais mistos tanto no campo econômico quanto no político.

Resumo da sessão:

• Dow Jones subiu 117,03 pontos (+0,28%), fechando em 42.215,73;
• S&P 500 avançou 23,62 pontos (+0,40%), encerrando em 5.912,17;
• Nasdaq Composite ganhou 74,93 pontos (+0,39%), terminando em 19.175,87.

Ecos tarifários: mercado sente o peso da geopolítica

O aumento das tensões comerciais, desencadeado pela declaração de Donald Trump em 2 de abril anunciando planos para impor tarifas universais de importação, gerou uma pressão perceptível sobre os mercados. Ainda assim, o S&P 500 conseguiu se recuperar após a correção de abril, sustentado pelo arrefecimento das tensões e por relatórios de resultados corporativos surpreendentemente fortes.

O índice permanece abaixo do pico registrado em fevereiro, mas acumula uma alta de 0,5% no ano, um indicativo de um cauteloso retorno da confiança dos investidores.

Boeing decola

As ações da Boeing subiram 3,3% após o CEO Kelly Ortberg anunciar planos para aumentar a produção dos jatos 737 MAX. A empresa pretende alcançar uma produção mensal de 42 aeronaves nos próximos meses e expandir para 47 por mês até o início de 2026. Os investidores receberam a atualização como um sinal de estabilização e crescimento da produção.

Best Buy recua com enfraquecimento da demanda do consumidor

As ações da varejista de eletrônicos Best Buy caíram 7,3% depois que a empresa reduziu sua projeção para o ano fiscal. A administração alertou que as novas tarifas dos EUA podem enfraquecer o apetite do consumidor por itens de maior valor, uma tendência já refletida nas vendas em lojas comparáveis e nas expectativas de lucro.

Mercados asiáticos recuam, iene se fortalece

Os mercados acionários asiáticos sofreram pressão nesta sexta-feira, à medida que investidores realizaram lucros após uma semana volátil, marcada por reviravoltas abruptas na política comercial dos EUA. A liquidação coincidiu com um rali do iene japonês, um clássico ativo de refúgio, causando um forte impacto no Nikkei 225, altamente dependente das exportações, que recuou após um ganho de quase 2% no dia anterior.

Força do iene pesa sobre o mercado japonês

O Nikkei do Japão caiu 1,1% em resposta à rápida valorização do iene. A moeda subiu 2% em relação às mínimas recentes, alcançando 143,45 por dólar. Um iene mais forte reduz a competitividade dos exportadores e diminui o valor das receitas obtidas no exterior, provocando a retração do índice.

Mercados asiáticos no vermelho

Nesta sexta-feira, as perdas se espalharam por outros mercados asiáticos:

• O Hang Seng de Hong Kong recuou 1,6%, com fornecedores da Apple sendo afetados pelas mudanças na política tarifária;
• O CSI 300 da China, que acompanha as blue chips do continente, caiu 0,3%;
• O KOSPI da Coreia do Sul registrou queda de 0,9%;
• O índice MSCI Ásia-Pacífico, excluindo o Japão, recuou 0,6%.

EUA e Europa: a calmaria antes do próximo movimento?

Os futuros do S&P 500 recuaram 0,1%, após o rali de quinta-feira impulsionado pelo forte relatório de resultados da Nvidia — uma reação que já foi precificada nos mercados asiáticos. Os futuros do STOXX 50 da zona do euro também registraram perdas modestas.

Títulos e petróleo: estáveis, com leve viés de baixa

O rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos permaneceu estável em 4,42%, após recuar 5,5 pontos-base no dia anterior.

Os preços globais do petróleo caíram levemente:

• O Brent recuou 0,3%, fechando a US$ 63,95 por barril;
• O WTI (West Texas Intermediate) cedeu 0,3%, para US$ 60,75.