A estrutura de ondas tornou-se mais complexa após a última ofensiva de alta. A onda ascendente mais recente rompeu a máxima anterior, enquanto a última onda descendente não conseguiu ultrapassar a mínima anterior. Isso indica que a tendência, anteriormente de baixa, agora se tornou de alta. No entanto, os touros devem enfrentar dificuldades para avançar além de 1,3425 sem novas manchetes de Donald Trump sobre aumento ou imposição de tarifas. Por outro lado, os ursos também demonstraram fraqueza e passividade nas últimas semanas.

O noticiário da quarta-feira mais uma vez favoreceu os touros. O único relatório relevante do dia — os dados de inflação do Reino Unido — trouxe números que deixaram pouca margem de manobra aos traders. É possível que alguns operadores estivessem em posse de informações privilegiadas, já que a libra começou a subir antes mesmo da divulgação oficial dos dados, encerrando o rali logo depois. Tudo indica que os números já estavam precificados. Talvez muitos tenham previsto corretamente uma leitura mais alta da inflação — ou talvez alguns tenham tido acesso antecipado às informações. Em todo caso, a libra se valorizou, enquanto o dólar recuou.

Durante algum tempo, os traders demonstraram apoio cauteloso ao dólar, na expectativa de que as negociações em Genebra entre as delegações dos EUA e da China evoluíssem para um acordo comercial mais amplo.

No entanto, após duas semanas sem atualizações relevantes sobre essas conversas, surgem dúvidas sobre se as negociações de fato continuam e quando um acordo poderá ser firmado. Como os eventos recentes indicam um agravamento das tensões entre os dois países, o mercado agora acredita que as recentes reduções tarifárias foram apenas medidas paliativas para evitar um colapso completo nas relações comerciais. Até o momento, não há sinais de entendimento mútuo ou de acordos concretos.

No gráfico de 4 horas, o par retornou ao nível Fibonacci 100,0% em 1,3435. Uma nova recuperação a partir deste nível favoreceria o dólar americano e um recuo para 1,3118. Uma consolidação acima de 1,3435 permitiria a continuação do crescimento em direção ao próximo nível de Fibonacci de 127,2% - 1,3794. Nenhuma divergência emergente é observada atualmente em nenhum indicador.

Relatório de Compromisso dos Traders (COT):

O sentimento entre a categoria de traders "não comerciais" ficou um pouco menos otimista na semana passada. As posições de compra mantidas por especuladores caíram em 4.844, enquanto as posições de venda caíram em 2.825. Os ursos há muito perderam sua vantagem no mercado. A diferença entre as posições de compra e venda está agora em 27.000 a favor dos touros: 89.000 vs. 62.000.

Em minha opinião, a libra ainda enfrenta riscos de queda, mas os eventos recentes podem levar a uma reversão de longo prazo do mercado. Nos últimos três meses, as posições de compra aumentaram de 65.000 para 92.000, enquanto as posições de venda caíram de 76.000 para 62.000. Sob o comando de Donald Trump, a confiança no dólar enfraqueceu, e os relatórios COT mostram pouco apetite entre os traders para comprar o dólar.

Calendário de notícias dos EUA e do Reino Unido:

Reino Unido

• PMI de Serviços (08:30 UTC)
• PMI Industrial(08:30 UTC)

Estados Unidos

• Pedidos iniciais de subsídio de desemprego (12:30 UTC)
• PMI de Serviços (13:45 UTC)
• PMI Industrial (13:45 UTC)
• Vendas de Casas Existentes (14:00 UTC)

Previsão para o GBP/USD e dicas para o trader:

A venda do par é possível hoje, se houver uma recuperação do nível 1,3435 no gráfico horário, com alvos em 1,3344-1,3357 e 1,3205. A compra era anteriormente viável em um fechamento acima da zona 1,3344-1,3357, visando chegar a 1,3425, que foi atingido. Novas posições de compra são possíveis em um fechamento de 4 horas acima de 1,3435.

Os níveis de Fibonacci são traçados a partir de 1,3205-1,2695 no gráfico horário e de 1,3431-1,2104 no gráfico de 4 horas.