O ouro enfrenta nova pressão intradiária, caindo abaixo do importante nível psicológico de US$ 3.200 durante a primeira metade da sessão europeia de sexta-feira. O otimismo em torno da trégua comercial entre Estados Unidos e China continua a reduzir a demanda por ativos tradicionais considerados porto seguro, impedindo que o metal aproveite a forte recuperação observada no dia anterior.

Na quinta-feira, dados macroeconômicos americanos mais fracos do que o esperado reforçaram as expectativas de novos cortes nas taxas de juros pela Reserva Federal, levando à queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA. Embora isso tenha mantido o dólar americano pressionado pelo segundo dia consecutivo, não foi suficiente para sustentar o ouro, que segue em queda. Riscos geopolíticos e outros fatores externos atualmente não compensam o sentimento baixista predominante em relação ao ouro.

Do ponto de vista técnico, os preços do ouro permanecem acima da média móvel simples (SMA) de 50 períodos no gráfico diário. No entanto, o Índice de Força Relativa (RSI) ainda não entrou em território positivo. Portanto, seria prudente aguardar uma forte continuação da compra antes de confirmar que a queda da semana passada já se esgotou completamente.

Ao mesmo tempo, a fraqueza abaixo do nível de US$ 3.200 pode encontrar suporte próximo à faixa de US$ 3.178–3.177. Um rompimento abaixo dessa área poderia expor o ouro a uma queda adicional em direção à mínima de ontem, perto de US$ 3.120. A continuação do úmpulso baixista poderia levar o preço ao nível de US$ 3.100 e potencialmente até o próximo suporte importante em US$ 3.060.

Por outro lado, o nível de US$ 3.252–3.255 atua como resistência imediata. Um rompimento sustentado acima dessa área poderia desencadear uma nova onda de fechamento de posições vendidas, permitindo que o ouro teste novamente o nível de US$ 3.300. Caso esse nível-chave seja ultrapassado, o viés se tornaria favorável aos compradores.